As Associações de Professores
da área da Educação Artística, signatárias deste documento,
lamentam que os pareceres apresentados durante a discussão pública
da Revisão da Estrutura Curricular não tenham sido levados em linha
de conta e declaram o seu desacordo face às alterações
curriculares que o Ministério da Educação e Ciência quer
implementar. Assim, prioritariamente, demonstram a sua preocupação
perante a perda de espaços curriculares na área da Educação
Artística – os quais já eram muito limitados - e que ficaram, em
geral, reduzidos.
A importância da educação
artística no ensino é, aliás, reconhecida em vários documentos,
nomeadamente no documento publicado pela Organização dos Estados
Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI)1
em 2008 “Metas educacionais 2021: A educação que queremos para a
geração dos bicentenários”, cujo capítulo VII refere a
necessidade de um programa de educação artística, cultura e
cidadania nos países Ibero Americanos2.
Lembramos, a propósito, as palavras de António Damásio “A Ciência e a Matemática são muito importantes, mas a Arte e as Humanidades são imprescindíveis à imaginação e ao pensamento intuitivo que estão por trás do que é novo”3, e também os pareceres do Conselho Nacional da Educação4 que aconselham a adopção de procedimentos já implementados em vários países Europeus sobre a permanência da Educação Estética e Artística no ensino público, consideradas fundamentais para o desenvolvimento do espírito crítico e da criatividade dos nossos alunos.
Por sua vez, o Roteiro para a Educação Artística5, publicado pela Unesco em 2006, e mais tarde a Agenda de Seul, em 2012, resultante da 2ª Conferência Mundial da UNESCO sobre Educação Artística, alertaram os governos e as sociedades para a necessidade das artes na educação.
Todos estes documentos reconhecem, pois, a Educação Artística como um meio privilegiado para a compreensão e preservação de culturas, que oferece aos jovens oportunidades únicas para compreenderem e desenvolverem as suas identidades pessoais. Além disso, os documentos acentuam a importância que as áreas artísticas assumem para os estudos interdisciplinares, para a tomada de decisões de forma participativa e para a motivação dos jovens e das crianças para uma aprendizagem ativa, criativa e reflexiva.
Lembramos, a propósito, as palavras de António Damásio “A Ciência e a Matemática são muito importantes, mas a Arte e as Humanidades são imprescindíveis à imaginação e ao pensamento intuitivo que estão por trás do que é novo”3, e também os pareceres do Conselho Nacional da Educação4 que aconselham a adopção de procedimentos já implementados em vários países Europeus sobre a permanência da Educação Estética e Artística no ensino público, consideradas fundamentais para o desenvolvimento do espírito crítico e da criatividade dos nossos alunos.
Por sua vez, o Roteiro para a Educação Artística5, publicado pela Unesco em 2006, e mais tarde a Agenda de Seul, em 2012, resultante da 2ª Conferência Mundial da UNESCO sobre Educação Artística, alertaram os governos e as sociedades para a necessidade das artes na educação.
Todos estes documentos reconhecem, pois, a Educação Artística como um meio privilegiado para a compreensão e preservação de culturas, que oferece aos jovens oportunidades únicas para compreenderem e desenvolverem as suas identidades pessoais. Além disso, os documentos acentuam a importância que as áreas artísticas assumem para os estudos interdisciplinares, para a tomada de decisões de forma participativa e para a motivação dos jovens e das crianças para uma aprendizagem ativa, criativa e reflexiva.
Estas Associações consideram, assim, que a Educação Artística no currículo não deve ser diminuída, sob qualquer pretexto. A adopção de políticas que fragilizam o lugar da Educação Artística no currículo escolar acabará por comprometer o desenvolvimento do país a todos os níveis, incluindo o económico. Na realidade, a aposta em disciplinas que fomentam a criatividade será, como se sabe, fundamental para alcançar esse desenvolvimento.
Assim, as Associações
signatárias consideram que a presença da Educação Artística no
currículo não deve ser diminuída, mas sim
reforçada, tendo
em vista a diversificação da oferta educativa de forma adequada ao
desenvolvimento dos nossos alunos e apresentam as seguintes
propostas:
1- Relativamente à organização
curricular:
- Garantir que a coadjuvação dos professores do 1º ciclo na área de Expressões, proposta nesta Revisão da Estrutura Curricular, seja feita por professores especializados, em todas as áreas artísticas e a todas as crianças. É fundamental assegurar que esta importante parceria com o professor do 1º ciclo não esteja sujeita apenas às horas remanescentes dos professores especializados;
- Garantir, nos 2º e 3º ciclos, uma oferta artística diversificada e significativa, quer através de disciplinas obrigatórias, opcionais ou outros projetos: Artes Visuais; Música; Dança e Teatro Educação;
- Garantir, no 3º ciclo, a manutenção da obrigatoriedade do carácter artístico das disciplinas de oferta de escola;
- Garantir, no 9º ano, a manutenção da possibilidade de opção, por parte dos alunos, das disciplinas artísticas de oferta de escola;
- Garantir a oferta de disciplinas opcionais, no ensino secundário, em: Artes visuais, Música, Dança e Teatro integradas na formação geral dos alunos.
2- Relativamente à formação
e especialização dos professores:
- Criação das disciplinas e grupos de recrutamento para as áreas de Teatro Educação e Dança.
- Redefinição do grupo de recrutamento 240 que integra Educação Visual e Educação Tecnológica, disciplinas com conteúdos, métodos e objectivos muito distintos.
Associação de Professores de
Expressão e Comunicação Visual (APECV)
Associação
Portuguesa de Educação Musical (APEM)
Ver também Parecer 5/2010
Parecer sobre Metas Educativas 2021 (OEI) Relatório Nacional-Proposta de Metas para Portugal
Parecer sobre Metas Educativas 2021 (OEI) Relatório Nacional-Proposta de Metas para Portugal
Questões
e razões - Roteiro de Educação Artística - Filomena Matos e
Helena Ferraz
Parecer 5/2010
Parecer sobre Metas Educativas 2021 (OEI) Relatório Nacional-Proposta de Metas para Portugal UNESCO, 2006.
Parecer sobre Metas Educativas 2021 (OEI) Relatório Nacional-Proposta de Metas para Portugal UNESCO, 2006.
Parecer 1/1992
Educação Artística nas Áreas da Musica, Dança,
Teatro, Cinema e Audiovisual
Parecer 3/1998
Educação Estética, Ensino Artístico e sua
Relevância na Educação e na Interiorização dos Saberes
Parecer 10/1989
Educação Artística
Recomendações dos participantes na Conferência
Mundial sobre Educação Artística
http://www.dgidc.min-edu.pt/data/dgidc/Revista_Noesis/doc_sumarios/sumario_67/dossier_questoes_razoes67.pdf
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