A APROTED repudia veementemente o chumbo do Projeto de Resolução 2084/XIII (“Recomenda ao Governo que crie o Grupo de Recrutamento nas áreas da Expressão Dramática e do Teatro”), que ocorreu no dia 19/07, nos seguintes termos:
1. Na discussão deste projeto (16/07) a “argumentação” do PS assentou em dados falaciosos e ridículos: a deputada Odete João afirmou ter havido apenas oito horários completos na área do Teatro no presente ano letivo e insinuou que os “técnicos especializados” de Teatro não detêm formação para serem reconhecidos como professores.
A APROTED, que já desmentiu ambas as afirmações por diversas vezes, desafia a licenciada em Matemática Odete João a demonstrar que contas fez para chegar aos números que apresentou no Parlamento. Os membros da Direção estão também dispostos a comparar os seus certificados de habilitações com os dos deputados professores do PS, para que se averigue quem tem habilitações para ser professor.
2. O CDS-PP recebeu-nos em várias audiências e alguns deputados disseram que defendiam a criação do grupo de recrutamento de Teatro. A deputada Ana Rita Bessa chegou a enviar uma Pergunta ao governo e a interpelar o ministro da Educação sobre este assunto. A 16/07 a Deputada Ilda Araújo Novo manifestou concordância com a valorização da carreira dos professores de teatro. Contudo, na hora da verdade, o CDS-PP fez a triste figura de votar contra. Pelo menos, fica toda a gente a saber quanto vale a palavra dos centristas.
3. A Deputada Germana Rocha (PSD) referiu, a 16/07, que o assunto deve ser resolvido em sede de concertação social. Contudo, a 19/07, a abstenção do PSD permitiu a inviabilização de um projeto que recomendava a criação de um grupo de recrutamento através de negociações entre governo e sindicatos. Fica a pergunta: os deputados abstiveram-se sem ler ou não perceberam o projeto?
4. Agradecemos aos partidos que votaram favoravelmente no referido projeto – BE, PCP (que o apresentou), PEV e PAN – convictos de que, em conjunto, conseguiremos que o Teatro/Expressão Dramática e os seus professores deixem, em breve, de ser discriminados no sistema de ensino.
Pela nossa parte, garantimos que a APROTED não se demitirá das suas responsabilidade em prol de uma educação artística diversificada e de qualidade, e que continuará a apresentar propostas para que o teatro/expressão dramática e os seus professores integrem, de pleno direito, o sistema de ensino público, como previsto nas Bases Gerais da Educação Artística.
Lisboa, 29 de julho de 2019
A Direção da APROTED
Sem comentários:
Enviar um comentário